Dúvidas na Reforma Tributária: Descubra os Principais Motivos de Incerteza

Entenda as controvérsias e desafios da Reforma Tributária! A adoção do IBS e CBS é aguardada com expectativa, mas requer esclarecimentos.

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No cenário de mudanças na tributação brasileira que se aproxima, a adoção do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) é aguardada com expectativa, mas também traz consigo algumas controvérsias da Reforma Tributária que precisam ser esclarecidas.

Controvérsias da Reforma Tributária e os Desafios da Nova Lei

Uma das questões cruciais em debate é a possibilidade de alterações futuras na legislação. A proposta de emenda complementar no Senado precisa esclarecer que as operações destinadas a pessoas físicas ou jurídicas também são consideradas exportações.

Outro ponto de atenção é a base de cálculo, com potenciais divergências entre a interpretação do IBS pelo conselho federativo e o CBS pela União. É fundamental que o Senado aborde essa questão e forneça alternativas para evitar conflitos.

Neutralidade Fiscal e Regimes Específicos de Tributação

A Neutralidade Tributária ocorre quando as diversas arrecadações tributárias não têm impacto nas decisões de consumo, produção e alocação de recursos de uma economia. Isso significa que os impostos não interferem nas escolhas dos agentes econômicos, mantendo um equilíbrio e não distorcendo o funcionamento do mercado.

Para garantir a neutralidade fiscal, é imprescindível a implementação de um crédito amplo, evitando a incidência de tributos em cascata. No entanto, é importante destacar que alguns bens e serviços de uso pessoal podem ser exceções, de acordo com a definição em lei complementar.

Ademais, diversos setores específicos estão recebendo atenção especial em relação aos regimes de tributação. Segmentos como Combustíveis, Lubrificantes, Serviços Financeiros, Bens Imóveis, Restaurantes, Planos de Assistência, Hotelaria, Parques de Diversão e Temáticos, Sociedades Cooperativas, Órgãos Públicos e Aviação Regional foram considerados para esses regimes devido a suas particularidades, como cadeias curtas ou longas e ramificadas, alta concentração de mão de obra, complexidade de fiscalização e impacto em outros setores.

Regimes Diferenciados e possíveis Impactos

Os regimes diferenciados de tributação são modalidades tributárias que oferecem tratamento específico para determinados setores ou atividades empresariais em relação aos demais contribuintes. Essa abordagem visa aplicar regras tributárias diferenciadas, adaptadas às características particulares de cada segmento, a fim de promover uma tributação mais justa e equitativa.

Em busca de proporcionar um ambiente mais justo e equitativo, estão sendo propostos regimes diferenciados de tributação com redução de IBS e CBS em 60% para setores como Educação, Saúde, Transporte de Passageiros, Produtos Agropecuários, Insumos Agropecuários, Produção Artística, e Segurança Nacional. Essas reduções podem afetar as alíquotas-referência, e é necessário avaliar como isso se refletirá no cenário tributário.

Setores como Medicamentos, Dispositivos Médicos e Acessibilidade podem contar com redução de 100% na CBS. Já a cesta básica teria a alíquota zerada. Isso visa garantir a acessibilidade a itens essenciais à população.

Imposto Seletivo e os Produtos Afetados

O Imposto Seletivo refere-se a um imposto específico para bens e serviços específicos, bem como uma cobrança determinada de consumo.

A questão do Imposto Seletivo também é relevante, uma vez que ele pode incidir sobre telecomunicações, energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais, mas não sobre bens com alíquotas reduzidas, como saúde, educação e medicamentos. Vale destacar que o Imposto Seletivo também estará na base de cálculo do IBS, CBS, ICMS, PIS e COFINS durante o período de transição.

As controvérsias da reforma tributárias relacionadas ao IBS e CBS são desafios que precisam ser enfrentados para garantir um sistema tributário mais justo e eficiente. Os regimes específicos de tributação têm o objetivo de atender às necessidades de diferentes setores, enquanto os regimes diferenciados visam equilibrar o impacto fiscal em áreas essenciais como saúde e educação.

Sendo assim, compreender essas mudanças é fundamental para a advocacia se posicionar adequadamente e auxiliar seus clientes diante desse novo cenário tributário.

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