Como trabalhar a sucessão em empresa familiar

Conheça esse método da Governança Corporativa que protege sua empresa familiar contra riscos de falência

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sucessão empresa familiar

Quando o assunto é sucessão dos fundadores patriarcas em empresa familiar, o tema pode se tornar espinhoso e sensível, pois quase sempre as relações pessoais familiares interferem na gestão empresarial. Segundo o IBGE, 90% das empresas brasileiras tem perfil familiar; ou seja, grande parte das empresas brasileiras podem ter problemas de continuidade caso não trabalhem a sucessão de forma adequada.

Quando as relações familiares influenciam as decisões empresariais, há risco de ocorrer vários problemas, como por exemplo:

  1. Sócios absorvidos pela operação
  2. Influência dos conflitos familiares na gestão da empresa
  3. Ausência de processos internos claros e escritos
  4. Ausência de planejamento estratégico claro e escrito
  5. Pouca profissionalização na gestão
  6. Confusão entre patrimônio dos sócios e da empresa
  7. Decisões centralizadas no fundador
  8. Risco do patrimônio familiar ser afetado pelos riscos empresariais

9 Risco de não continuidade da empresa após a aposentadoria ou falecimento dos fundadores

Então, o que fazer? Primeiro, é necessário desmistificar o termo sucessão.

Sucessão não quer dizer morte, perda de poder, perda de prestígio ou de respeito do fundador. Sucessão é um fato da vida, e não um fato da morte.

Suceder é pensar no futuro da empresa, da família e do próprio fundador. Com o envelhecimento, é comum que o fundador da empresa busque se dedicar a outras áreas da vida como autoconhecimento, tempo de qualidade com a família, viagem e desenvolvimento espiritual. E, para isso, o fundador precisa se afastar do dia a dia operacional da empresa e passar a atuar mais no plano estratégico.

A sucessão parte de duas premissas básicas: respeito ao legado do fundador e o desejo de continuidade da empresa com sucesso e harmonia no futuro.

Geralmente, a estratégia de sucesso da empresa está na cabeça do fundador. A sucessão começa retirando todo esse conhecimento estratégico da cabeça do fundador e transferindo para os sucessores, de forma escrita e estruturada em um bom planejamento estratégico. Nesta fase o fundador atua como professor, como mentor de quem lhe sucederá.

Para a sucessão ocorrer de maneira leve e bem-sucedida, é fundamental constituir estruturas de Governança Corporativa na empresa e na família baseadas nos pilares Transparência, Prestação de Contas, Equidade e Responsabilidade Corporativa.

Cada empresa e cada realidade familiar requerem um tipo de estrutura de governança, umas mais sofisticadas, outras mais simples. O importante é que não há uma receita de bolo; cada núcleo familiar e empresarial tem a sua própria receita.

A governança corporativa e familiar oferece um conjunto de estruturas de gestão, documentos, acordos escritos, combinados familiares e formalização de objetivos que busca equilibrar as relações familiares e empresariais, trabalhando a harmonização da balança propriedade x gestão.

O equilíbrio Propriedade x Gestão é importante porque podemos ter familiares que trabalham no negócio e familiares que não trabalham no negócio. No momento da falta dos fundadores patriarcas os herdeiros se tornam proprietários, sendo que alguns podem trabalhar no negócio e outros não. Geralmente, neste momento, surgem os conflitos familiares.

Chamamos estes conflitos de agendas ocultas. Ocultas porque, enquanto os patriarcas estão presentes na vida dos herdeiros, estes conflitos ficam guardados debaixo dos tapetes em respeito a figura dos patriarcas, mas eclodem de forma desorganizada após a falta dos pais. Geralmente estes conflitos causam desarmonia na família e afetam de forma significativa a empresa.

Portanto, a sucessão dos patriarcas fundadores precisa começar cedo, em vida, e ser feita de forma organizada, pacífica e estratégica.

A governança corporativa e familiar oferece estruturas e estratégias para suavizar o processo de sucessão, tais como:

–  Planejamento estratégico escrito, trazendo clareza sobre os objetivos e as estratégias de gestão dos fundadores para toda a empresa

– Estruturação de órgãos de gestão baseados em Conselho de Administração, Conselho Consultivo, Conselho Fiscal, Comitês de Auditoria, Diretoria, Gerências, de acordo com a realidade e necessidade de cada empresa;

– Estruturação do patrimônio familiar para garantir um processo de sucessão patrimonial mais simples e com o menor custo tributário possível, baseado em formação de holdings, fundos de investimento, acordos de quotistas/acionistas;

– Estruturação dos acordos familiares escritos (Pacto ou Acordo Familiar) para organizar a questão da propriedade x gestão, onde os herdeiros poderão ou não trabalhar na empresa, de acordo com a estratégia de cada família;

– Análise de estratégias de venda do negócio, de acordo com as características de cada família empresária;

Enfim, Sucessão é um fato da vida, e precisa começar cedo. Respeito ao legado dos fundadores e harmonia das relações familiares é fundamental.

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